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A arte de costurar os retalhos



Eu sempre achei muito bonita a arte de costurar e sempre tive vontade de aprender. Quando pequena me recordo da minha mãe na máquina de costura criando roupas para nós, no entanto, ela foi embora sem ter a oportunidade de ter ensinado as filhas a costurar e assim segui por muitos e muitos anos sem costurar uma barra de calça.


Os retalhos me encantam, sim aqueles pedaços de pano, aquelas sobras me traz a referência a nossa vida, cada etapa, cada ciclo, cada vitória, cada desafio, cada pessoa que chega e que vai embora é um retalho e se juntarmos todos ou partes destes retalhos podemos criar novas coisas e é assim a nossa vida. A jornada é formada de vários retalhos e podemos juntar partes deles e criar algo novo ou uma bela colcha de retalhos ao final do projeto, da jornada.


Então no ano que passou eu estava conversando com uma amiga que também não costura e falei das dificuldades que eu tinha até para “alinhar” rs para falar a verdade eu nem sabia direito a palavra correta (sem comentários por aqui, rs) e então eu pensei porquê não aprender?


Comprei há uns anos atrás uma pequena máquina de pequenos reparos, mas nunca tinha usado, ela ainda estava com o pedaço de tecido que a moça da loja fez o teste (sim, comprei e não usei, não julgue). Eram vários os receios, de perder a peça de roupa, da agulha quebrar, do dedo furar, a falta de tempo etc. Mas vi que aquilo eram pequenas estórias que eu contava para mim e evitava o contato com a máquina, com o costurar.


Sai de férias decidida a fazer algo que eu nunca tinha feito e queria muito fazer as barras de algumas roupas que estavam guardadas sem usar. Então comecei a adentrar na arte da costura.

Comecei buscando aprender os pontos e costuras manuais, depois como manusear a máquina e em seguida peguei os retalhos que eu tinha guardado e comecei a costurar saquinhos, não contente e querendo mais fiz um jogo americano, quando vi ele pronto não acreditei vi que eu tinha aprendido.



E então me veio a lembrança da velha máquina de costurar da minha mãe. “- Pai, a máquina da mãe... tem alguém usando? O que você fez? ”, “- Filha, ninguém nunca mais usou, ela liga, mas parece travada...”


Fui buscar a velha máquina, enviei para conserto e em menos de dois dias ela estava nova intacta, ali na minha frente e não querendo menosprezar minha máquina de reparo, mas essa sim era uma máquina de costura. Então procurei alguns vídeos de como manusear e me desafiei a criar uma blusa para mim e assim eu fiz.





No momento que liguei a máquina da minha mãe, não me contive, pois eu sabia que a última vez tinha sido ela. Ligar aquela máquina novamente e costurar novas coisas foi como uma parte de mim que estava bloqueada, travada, chateada, voltasse. O que quero dizer com tudo isso?


Às vezes evitamos o contato com certas coisas, mas elas são necessárias. Ao aprender a costurar me ativou ainda mais a criatividade e me fortaleceu os laços com meus ancestrais é aí que está o segredo das coisas. Precisamos do contato com as coisas ancestrais, com a natureza, com a magia natural é isso que traz o encanto da vida!


Espero que esta minha estória faça com que você se conecte novamente com aquela pessoa que foi responsável por você seja ela mãe, vó ou qualquer outra pessoa, faça se lembrar de algo que te faz bem e assim com essa conexão resgatada libere o fluxo da sua energia criativa e que a vida seja cheia de lindos novos projetos!


Sei que para alguns isso fará significado e para outros não, isso porque vai depender dos valores prioritários que você tem na vida.


Volto a dizer aqui sobre o Gestão do Tempo, procure dentro da vida corrida, tempo para o ócio, tempo para algo totalmente diferente do que você faz na vida acadêmica, profissional e se for possível compartilhar isso com o mundo, faça!


No corre corre desta vida tecnológica e na busca frenética pelas melhores cadeiras e posições, esquecemos do que é essencial para nós e não nos damos conta de dedicar um pequeno tempo da nossa vida a esta alimentação espiritual.


A vida é linda cheia de retalhos, não precisa ser um tecido único igual, fica até mais bonito e alegre quando ela é cheia de retalhos!


E aí? Me conta... quais são seus retalhos e o que você tem criado de novo com eles? Nesta foto é a minha primeira blusa.



 

Com amor e alquimia

Kelly Rodrigues – Khika

@kellyterapiaholistica

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